terça-feira, 16 de junho de 2009

“Um avanço na minha vida”


Trabalha desde os nove anos e passou de funcionária a dona de uma lanchonete no bairro da Ondina, em Salvador. Essa é Rosemeire dos Santos, 38, que resolveu ser dona do próprio negócio há aproximadamente dois anos.

Rose, como é conhecida pelos clientes, começou a trabalhar para si mesma quando a chefa resolveu vender o ponto que hoje é a lanchonete. “Eu tinha em mente que tudo o que eu queria era trabalhar com isso aqui então resolvi comprar. É tudo muito alto, aluguel é alto, só o ponto foi 20.000, até o mês de dezembro eu estarei pagando. É muito difícil, mas quando se tem garra a gente consegue o que quer”, destaca.

Quando era funcionária além de ganhar pouco, estava trabalhando para outra pessoa isso não agradava a Rose. “Quando você passa a ser dona, você trabalha com mais vontade porque é seu. Se dedica mais, apesar de que quando eu era funcionária eu me dedicava muito, mas hoje é muito mais”, diz.

A lanchonete funciona de 8h às 0h de segunda a sexta e aos sábados é até às 15h. No domingo não funciona porque não tem muito movimento. São cinco funcionários, no total, fazendo um revezamento. Segundo Rose a carga horária é muito puxada, então ela dá folga, três dias a um, três dias a outro para que possam agüentar.

No começo ela contou com a ajuda dos amigos, visto que não podia contratar ninguém para ajudar. “Meus amigos foram muito presentes, quando souberam que eu ia comprar, cada um me ajudou do jeito que podia. Eu era sozinha, ficava eu e meu filho, aí eles atendiam, Isso me marcou muito, então eu agradeço em primeiro lugar a Deus e em segundo a eles”, lembra Rose

E continua “às vezes alguém me gritava ‘Rose!’ aí eu estava lá em cima, e meus amigos diziam: deixa que eu atendo. E todo mundo que soube da minha luta vinha pra cá e dizia ‘vou comprar em Rose, porque eu quero ajudar Rose”.

Quando o assunto é dificuldade a empreendedora destaca as financeiras. “A gente pensa que é fácil ter um negócio, mas é meio complicado porque tudo tem que ter seu limite. Tem que saber separar amigos de negócio para não misturar e prejudicar. É bom também não deixar as coisas na mão dos outros, tem que estar sempre na frente porque as coisas só andam na mão do dono”.

Para quem não tinha muito capital de giro, garra e coragem foram o suficente para superar os problemas. "Quando você tem uma grana reservada é tudo mais fácil, mas quando não tem complica um pouco. Eu não sabia fazer nada, fui me dedicando, pegando as revistas, fui lendo e fazendo. Hoje eu faço todos os meus salgados, meti a mão na massa, literalmente". diz.

E finaliza "isso aqui foi um avanço na minha vida. Eu acho assim a pessoa que pensa em ter, que vá a luta, que tome dinheiro emprestado, que tome empréstimo no banco se puder, arrisque, vale a pena arriscar".

Um comentário:

  1. Qual é o nome da lanchonete de Rose? Vocês poderiam divulgar o nome e a localização precisa.

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